02 de Outubro de 1992, acontecia mais uma rebelião no presidio do Carandiru, mas essa rebelião seria diferente, e iria marcar a historia(negativa, ou para alguns positiva) do sistema criminal, politico e histórico do Brasil.
O massacre do Carandiru completa 20 anos nesta terça-feira, 02 de Outubro de 2012, sem nenhum réu condenado à prisão pelo crime de assassinato. O caso ficou conhecido internacionalmente por causa da morte de 111 presos após a Polícia Militar entrar no Pavilhão 9 da Casa de Detenção, na Zona Norte de São Paulo, para pôr fim a uma rebelião que ali ocorria.
Desde 2 de outubro de 1992, quando a PM fez a incursão ao Carandiru, somente um acusado foi julgado: o coronel Ubiratan Guimarães. Comandante do Policiamento Metropolitano e gerente daquela operação, ele foi condenado, em 2001, a 632 anos de prisão pelos assassinatos a tiros de 102 presos e por cinco tentativas de homicídios, em um julgamento popular em 1ª instância. A condenação do coronel não incluiu nove presos que morreram esfaqueados: a acusação alega que essas mortes foram provocadas pelos próprios presidiários.
Em 2006, no entanto, o júri foi anulado pelos desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP). O oficial da reserva da PM se tornou deputado estadual pelo PTB e passou a ter foro privilegiado. Julgado pelos magistrados, Ubiratan foi absolvido. O TJ-SP considerou a ação estritamente legítima. “Os presos que se renderam e não foram para cima [dos PMs] foram salvos e socorridos. Todo mundo fala no número de mortos. Ninguém fala do número de poupados, quase 2 mil”, disse o advogado Vicente Cascione, que defendeu o coronel.
Meses depois da absolvição, Ubiratan foi morto a tiros no apartamento onde morava, nos Jardins, região nobre de São Paulo. A namorada dele na época, Carla Cepollina, é acusada de matá-lo por ciúmes e será julgada em novembro deste ano. Ela nega o crime e responde ao processo em liberdade.
Foram 103 acusados e 117 vítimas.
Onde os PMs atiraram:
Nenhum policial ficou ferido
Cabeça: 126 tiros
Pescoço: 31
Tronco: 223
Membros superiores: 58
Membros inferiores: 77
O PCC foi criado por um grupo de presos em 31 de agosto de 1993 na Casa de Custódia de Taubaté - pouco menos de um ano depois do massacre do Carandiru.
O massacre de 111 presos em 1992 na Casa de Detenção de São Paulo - o Carandiru - foi um episódio decisivo para a fundação da facção criminosa que atua dentro e fora do sistema prisional paulista, o PCC (Primeiro Comando da Capital).
Há quem ache isso um absurdo, um massacre, um ataque aos direitos humanos e queria que todos os envolvidos fossem presos. Mas há também pessoas que acham que esse evento serviu como uma limpeza, e os PM não deveriam responder por esses crimes de assassinatos, pelo motivo que fizeram algo que muitos gostariam de ter feito: Justiça pelas próprias mãos.
Há quem chamem os policiais de heróis, que de vez de serem jugados serem condecorados. Mas o que importa que o problema não é só entre quem matou e quem morreu, é problema de segurança publica, educação e de politica. Nossos presídios continuam lotados, e servindo apenas para sustentar bandidos e vagabundos, como o dinheiro publico, que vem do bolso do povo trabalhador.
Os Presídios e casas de detenção deveriam servir pra ressocializar e educar os que cometeram algum crime, mas na pratica isso não funciona.
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