O Dólar hoje, 05 de fevereiro de 2015, nesse exato momento em que digito, está exatamente equivalente a R$ 3,00 reais. Isso mesmo, 1 dólar = 3 reais.
Mas o que faz com que uma moeda de outro país fique valendo mais que outro? Afinal, o que faz o dólar subir e ficar caro?
No Brasil, a cotação do dólar varia como o preço de qualquer produto comercializado: seguindo a lei da oferta e da procura. Resumindo, quando há dólar demais em circulação - ou seja, sobrando -, o valor dele diminui; quando há poucas verdinhas no mercado, elas ficam mais concorridas por quem compra e vende, e a cotação sobe. O modelo vale para qualquer moeda no mercado internacional e influencia a vida de muita gente, especialmente de quem investe ou comercializa em moeda estrangeira.
Hoje o pão está mais caro, por que? porque o trigo é importado de fora do país, comprado com dólar. Assim aumenta o preço de qualquer produto, ou comida / alimento, que tenha sua matéria prima comprada (importada) com a moeda americana.
O mesmo acontece, claro, com os produtos industrializados importados, como computadores, Televisões, TV LED, celulares, smartphones, alimentos importados, entre outros milhares de produtos.
Então vamos ver quem ganha e quem perde com o alta do dólar...
IMPORTADOR:
Quem compra mercadoria estrangeira, como produtos têxteis, calçados e eletrônicos, se dá bem quando o dólar está "barato", custando perto de 1 real. É que os produtos desembarcam com preços bem menores que os nacionais, aumentando o lucro de quem os traz de fora para vender.
TURISTA GRINGO:
Com dólar valorizado, nossos bosques têm mais vida para os estrangeiros. No mesmo lado da moeda dá para dizer que, com o aumento do movimento turístico, o parque hoteleiro e as cidades preparadas para receber viajantes também saem ganhando com uma bela injeção de grana.
TURISTA BRASILEIRO:
Com o real valorizado diante do dólar, destinos internacionais ficam mais perto do bolso. E dá para sacar isso até antes de embarcar: pacotes de viagem cotados em dólar costumam ter as parcelas fixadas em real na hora da compra, evitando aumento do valor mesmo se o dólar subir.
EXPORTADOR:
Quem vende para fora do Brasil, recebendo em dólar, se dá bem com a alta em relação ao real. É o caso dos produtores de carne brasileiros. Para ter mais segurança diante do sobe e desce da cotação, algumas empresas fixam o valor do dólar entre um piso e um teto para operar no exterior.
INVESTIDOR NACIONAL:
Grandes empresas brasileiras nascidas de fusão ou que são parte de pools - como a AmBev (Brahma + Antarctica etc.) - aproveitam o dólar baixo para investir no exterior. A maior empresa de carnes do mundo, a brasileira JBS Friboi, comprou a americana Swift por 1,4 bilhão de dólares.
BANCO CENTRAL:
Os economistas do governo tentam mudar a cotação - nem sempre dá certo - por meio do Banco Central. O método é simples: com dólar baixo, o BC compra verdinhas, tirando-as de circulação para valorizar. Caso contrário, vendem-se dólares para saturar o mercado e desvalorizar a moeda americana.
INVESTIDOR ESTRANGEIRO:
Quando a confiança do investidor gringo no Brasil - o famoso "risco-país" - está abaixo da média, as verdinhas param de chegar até rarear no mercado e valorizar-se diante do real. Isso anima investidores mais ousados a aproveitar sua moeda forte para reinjetar dólares no Brasil.
No Brasil, moeda americana tem um preço para empresas, outro para pessoas físicas e um terceiro para os fora da lei COMERCIAL Cotação usada por empresas e pelo governo em transações financeiras feitas no exterior. As bolsas de valores também operam pelo valor do comercial TURISMO Compra e venda de passagens aéreas são regidas por essa cotação. Serve também para calcular o valor da conta do cartão de crédito usado no exterior PARALELO Esse é o valor "pirata" usado, por exemplo, pelos doleiros, que emprestam verdinhas em transações informais que rolam fora do controle do Banco Central.
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