quarta-feira, 26 de fevereiro de 2025

Tudo o que Você Precisa Saber Sobre o Pagamento do FGTS Retido do Saque-Aniversário em 2025: Quem Pode Receber?

Se você já ouviu falar sobre o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e está curioso para saber se tem direito a receber algum valor em 2025, este texto é para você! Vamos explicar de forma simples e clara o que está acontecendo com a liberação dos saldos retidos do saque-aniversário, quem pode receber esse dinheiro e como as regras do FGTS mudaram com a nova Medida Provisória (MP) anunciada pelo governo do presidente Lula. Mesmo que você não entenda muito do assunto, vamos te guiar passo a passo para você entender tudo direitinho.



O Que é o FGTS e o Saque-Aniversário?
O FGTS é como uma "poupança" (reserva obrigatória) que todo trabalhador com carteira assinada tem. Todo mês, o empregador (empresa) deposita 8% do seu salário numa conta especial na Caixa Econômica Federal.
Esse dinheiro fica guardado para situações como demissão sem justa causa, compra de casa ou aposentadoria. Em 2019, o governo criou o saque-aniversário, uma opção para quem quisesse sacar uma parte desse dinheiro todo ano, no mês do seu aniversário. Mas tinha um detalhe: quem escolhia essa opção abria mão de sacar todo o saldo do FGTS se fosse demitido sem justa causa — o dinheiro ficava "preso" por pelo menos 2 anos, até voltar para a regra normal - sacando apenas a multa dos 40%.

Como Funcionava o Saque do FGTS Antes da Medida Provisória?
Antes dessa nova MP, as regras do FGTS tinham duas opções principais:
- Saque-Rescisão (a regra padrão): Se você fosse demitido sem justa causa, podia sacar todo o dinheiro do FGTS da conta do emprego que acabou, mais uma multa de 40% paga pelo empregador. Essa era a forma tradicional de usar o FGTS, e muita gente ficava nessa opção por segurança.
- Saque-Aniversário: Quem escolhia essa modalidade podia sacar uma parte do FGTS todo ano (o valor dependia de quanto tinha na conta). Só que, em troca, se fosse demitido sem justa causa, não podia pegar o saldo total de uma vez. O dinheiro ficava retido, e o trabalhador só recebia a multa de 40%. Para voltar à regra do saque-rescisão e ter direito a sacar tudo na demissão, precisava esperar 2 anos após cancelar o saque-aniversário.

Esse "travamento" do dinheiro incomodava muita gente, especialmente quem perdeu o emprego e precisava do FGTS para se virar. Por isso, o governo decidiu mudar as coisas.

O Que Muda com a Medida Provisória de 2025?
Em 26 de fevereiro de 2025, o governo anunciou que vai publicar uma Medida Provisória (MP) no dia 28 de fevereiro para liberar os saldos retidos do FGTS. Essa MP traz uma boa notícia para quem aderiu ao saque-aniversário e foi demitido. Veja o que muda:
- Liberação do saldo retido: Se você optou pelo saque-aniversário e foi demitido sem justa causa entre janeiro de 2020 e 28 de fevereiro de 2025 (data da publicação da MP), vai poder sacar o dinheiro que ficou preso na conta do FGTS. Antes, esse valor só podia ser retirado depois de 2 anos ou em situações específicas, como compra de imóvel.
- Pagamento em etapas: O pagamento começa no dia 6 de março de 2025, mas vai ser feito aos poucos. A primeira etapa libera até R$ 3 mil por pessoa. Se você tiver mais que isso na conta, o resto deve vir numa segunda etapa, ainda sem data confirmada.
- Quem pode receber: Cerca de 12 milhões de trabalhadores que escolheram o saque-aniversário e foram demitidos nesse período (2020 a 2025) terão direito. O governo estima que R$ 12 bilhões serão liberados no total.



Como Funciona o Saque do FGTS Hoje, com a MP?
Com a nova regra da MP, o FGTS fica mais flexível para quem está no saque-aniversário:
- Se você for demitido sem justa causa agora, poderá sacar o saldo total do FGTS (não só a multa de 40%), sem precisar esperar 2 anos. Isso vale para demissões após a MP entrar em vigor.
- Quem já foi demitido antes (desde 2020) e tinha o dinheiro retido por causa do saque-aniversário vai receber essa liberação extra a partir de março de 2025.
- Fora isso, o saque-aniversário continua existindo: você pode sacar uma parte do FGTS todo ano, no seu mês de aniversário, se optar por essa modalidade.

Quem Pode Receber o FGTS Retido em 2025?
Você pode ter direito ao pagamento do saldo retido se:
- Optou pelo saque-aniversário: Só quem escolheu essa modalidade tem saldo retido para liberar.
- Foi demitido sem justa causa: A MP é para quem perdeu o emprego entre janeiro de 2020 e 28 de fevereiro de 2025.
- Tem saldo na conta do FGTS: O valor que você receberá depende de quanto sobrou na conta do emprego que terminou.
Se você nunca aderiu ao saque-aniversário e está na regra padrão (saque-rescisão), essa liberação não te afeta, porque você já podia sacar tudo ao ser demitido.

Como Saber se Você Tem Direito e Receber o Dinheiro?
- Consulte seu saldo: Baixe o aplicativo FGTS (disponível para Android e iOS) ou acesse o site da Caixa (caixa.gov.br/fgts). Com seu CPF e senha, você vê quanto tem na conta e se há saldo retido.
- Acompanhe o pagamento: A Caixa vai divulgar um calendário detalhado, mas a primeira etapa começa em 6 de março de 2025. O dinheiro deve cair automaticamente na conta que você cadastrou no aplicativo FGTS ou numa conta da Caixa. Se não tiver conta cadastrada, poderá sacar em agências ou lotéricas.
- Fique de olho: Como a MP ainda não foi publicada (até 26 de fevereiro de 2025), os detalhes finais podem mudar. Confira notícias oficiais ou o site da Caixa nos próximos dias.

Vale a Pena Esperar Esse Dinheiro?
Se você se encaixa nas condições (optou pelo saque-aniversário e foi demitido), essa liberação pode ser uma ajuda financeira importante, especialmente se o dinheiro estava "preso" há anos. Mas, se você ainda está empregado e pensa em aderir ao saque-aniversário agora, avalie bem: com as novas regras, ele fica mais interessante, já que não trava mais o saldo na demissão. Mesmo assim, converse com alguém de confiança ou faça as contas para ver o que é melhor para sua situação.

Essa mudança no FGTS é uma forma de o governo ajudar trabalhadores que passaram por dificuldades, além de colocar mais dinheiro na economia. Se tiver dúvidas, deixe um comentário no blog ou procure a Caixa para esclarecer!

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Resumo sobre a Guerra Ucrânia e Rússia - 3 anos

Hoje, 24/02/2025, fazem 3 anos da Guerra da Ucrania. Por conta disso, aqui está um resumo detalhado e natural sobre a Guerra entre Ucrânia e Rússia, baseado no que se sabe até hoje de manhã, 24 de fevereiro de 2025.

Como começou e o estopim
A guerra tem raízes que remontam a 2014, quando a Ucrânia passou por uma revolução chamada Euromaidan, que derrubou o presidente pró-Rússia Viktor Yanukovych. Isso aconteceu porque ele recusou um acordo de associação com a União Europeia, o que gerou protestos massivos. A Rússia reagiu anexando a Crimeia, uma península ucraniana estratégica, e apoiando separatistas pró-russos nas regiões de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia, iniciando um conflito na região de Donbas. Esse foi o prelúdio.
O estopim da guerra em grande escala veio em 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia lançou uma invasão total, chamada por Vladimir Putin de "operação militar especial". Ele justificou a ação como uma forma de "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia e proteger as populações russófonas de Donbas, mas muitos veem isso como pretexto.



Motivações implícitas
Por trás disso, há questões geopolíticas profundas. A Rússia via a aproximação da Ucrânia com o Ocidente — especialmente a possibilidade de entrada na OTAN — como uma ameaça à sua segurança e influência na região. Putin também tem um objetivo histórico de restaurar a esfera de poder russa, considerando a Ucrânia parte essencial dessa visão. Além disso, há interesses econômicos, como o controle de recursos energéticos e rotas de transporte, incluindo gasodutos que passam pela Ucrânia.

Custos financeiros
Os custos são astronômicos. Até o final de 2024, estimativas apontam que a Rússia já gastou cerca de 250 bilhões de dólares diretamente na guerra, mas perdas econômicas maiores, incluindo sanções ocidentais, podem chegar a 1,3 trilhão de dólares até 2025, segundo o governo dos EUA. A Ucrânia, por sua vez, depende muito de ajuda internacional — cerca de 40 bilhões de dólares por ano para se manter na luta, com um total de mais de 100 bilhões recebidos do Ocidente até agora. O Banco Mundial calcula que reconstruir a Ucrânia custará ao menos 486 bilhões de dólares, considerando a destruição de infraestrutura.

Perdas humanas e deslocamentos
As perdas são devastadoras. A Ucrânia registra mais de 10 mil civis mortos e 19 mil feridos desde 2022, além de dezenas de milhares de soldados mortos — algumas fontes ocidentais falam em até 100 mil baixas militares (mortos e feridos). A Rússia teria perdido entre 50 mil e 70 mil soldados mortos, com estimativas de até 500 mil baixas totais (mortos, feridos ou desaparecidos). Civis russos mortos são menos documentados, mas há milhares de desaparecidos em ambos os lados. Quanto aos deslocados, cerca de 8 milhões de ucranianos fugiram como refugiados para a Europa até 2023, e mais de 4 milhões estão deslocados internamente. É a maior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Avanços territoriais da Rússia e retomadas da Ucrânia
No início da invasão, a Rússia avançou rápido, chegando aos subúrbios de Kyiv(Kiev), a capital ucraniana, e tomando grandes áreas no sul (como Kherson) e leste (como Mariupol). O ponto máximo foi em meados de 2022, quando controlava cerca de 25% do território ucraniano, incluindo a Crimeia (anexada em 2014). Mas a resistência ucraniana, apoiada por armas ocidentais, mudou o jogo. Em contraofensivas em 2022 e 2023, a Ucrânia retomou cerca de 54% do território perdido desde a invasão de 2022, incluindo partes de Kharkiv e Kherson. Hoje, a Rússia ocupa cerca de 18-20% da Ucrânia, focada no leste e sul. A Ucrânia também surpreendeu ao invadir Kursk, na Rússia, em agosto de 2024, controlando temporariamente mais de 1.200 km², mas parte foi recuperada pelos russos.



Situação atual (fevereiro de 2025)
Agora, três anos após o início da invasão, a guerra está num impasse militar. A Rússia avança lentamente no leste, como em Donetsk, mas a um custo enorme e sem grandes conquistas recentes. A Ucrânia resiste, mas enfrenta escassez de munição e homens, dependendo cada vez mais de aliados. A eleição de Donald Trump nos EUA, que assumiu em janeiro de 2025 prometendo acabar com o conflito, trouxe incerteza — ele sugere negociações que podem envolver concessões territoriais para a Russia e de produções de minérios para os EUA, sem garantia de proteção posterior e de entrada na OTAN, o que preocupa Kyiv. Inclusive com Estados Unidos e Israel votando, hoje, contra a retirada de tropas russas(considera-los invasores) na ONU.
Ataques russos à infraestrutura energética ucraniana continuam, enquanto a Ucrânia usa drones e mísseis ocidentais para atingir alvos na Rússia.

Previsões para o futuro
Não há fim claro à vista. Analistas falam em uma guerra de atrito que pode se arrastar além de 2025, com ambos os lados sofrendo perdas massivas. Um cenário provável é que a Rússia tente consolidar o que já controla, enquanto a Ucrânia busque apoio contínuo do Ocidente para sobreviver. Trump pode pressionar por um acordo, mas Putin parece determinado a não recuar, e Zelensky insiste em recuperar todo o território, incluindo a Crimeia. Há riscos de escalada — com a Rússia ameaçando nuclearmente e a OTAN alerta para possíveis ataques futuros a seus membros. O futuro depende de fatores como a economia russa sob sanções, a vontade ocidental de financiar a Ucrânia e o equilíbrio interno de poder em ambos os países.
Por enquanto, é uma guerra longa e incerta.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2025

Novas Regras do Abono Salarial PIS/Pasep em 2025: Tudo o Que Você Precisa Saber

Se você está em busca de informações atualizadas sobre o abono salarial do PIS/Pasep em 2025, veio ao lugar certo! Neste artigo, vamos detalhar as novas regras e requisitos para ter direito a esse benefício tão importante para os trabalhadores brasileiros.



Requisitos de Renda para o Abono Salarial
Para receber o PIS abono salarial em 2025, os trabalhadores devem ter recebido até R$ 2.640,00 por mês no ano-base 2023. Esse valor será corrigido pela inflação nos próximos anos. É essencial que os empregadores atualizem corretamente os dados salariais para garantir que os trabalhadores elegíveis recebam o benefício.

Período Mínimo de Trabalho
Outro requisito fundamental é ter trabalhado formalmente por, no mínimo, 30 dias no ano-base 2023. Esse período pode ser consecutivo ou não, mas é necessário que o vínculo empregatício esteja devidamente registrado (a famosa "carteira assinada") no sistema eSocial e na Carteira de Trabalho Digital.

Cadastro no PIS/Pasep
Os trabalhadores devem estar cadastrados no PIS/Pasep há pelo menos cinco anos para ter direito ao abono salarial. Este cadastro é realizado no primeiro emprego formal do trabalhador e é essencial para garantir o acesso a diversos benefícios trabalhistas, como o FGTS, Seguro Desemprego e o PIS Abono.
Lembrando que, o cadastro do PIS, assim como o FGTS, é administrado pela Caixa Economica Federal(CEF). Assim, qualquer problema com seu cadastro do PIS é resolvido pela Caixa.
Mas, apesar do pagamento também ser responsabilidade da Caixa, que saberá informar o problema de você não ter direito a receber é o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
Então, Cadastro do PIS e Recebimento do Abono Salarial é com a CEF, que recebe as informações e autorização do MTE.

Informações do Empregador
Para que os trabalhadores possam receber o abono salarial, os empregadores devem fornecer os dados corretamente na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) até 15 de maio de 2024 ou no eSocial até 19 de agosto de 2024. A precisão dessas informações é crucial para evitar problemas no pagamento do benefício.
Apesar de o governo falar em RAIS e CAGED, esses sistemas antigos não são mais utilizados pelas empresas e contadores, os dados são todos enviado pelos pelo sistema eSocial logo após as ocorrencias dos eventos.

Valor do Abono Salarial em 2025
O valor do abono salarial é proporcional ao tempo de serviço no ano-base e é calculado com base no salário mínimo vigente, que em 2025 é de R$ 1.518. Portanto, quanto mais meses trabalhados, maior será o valor do benefício recebido.
Por exemplo: se você trabalhou apenas 3 meses no ano de 2023, só receberá em 2025 o valor de R$ 379,50.



Conclusão
Manter-se informado sobre as mudanças nas regras do PIS/Pasep é essencial para garantir seus direitos trabalhistas. Compartilhe este artigo com seus amigos e familiares para que eles também fiquem por dentro das novidades!

segunda-feira, 27 de janeiro de 2025

A Nova Ordem Mundial: Análise das Tensões Geopolíticas e Econômicas Envolvendo os EUA e os BRICS

English version of the text.

A política de isolamento e as tensões diplomáticas dos EUA, sob a liderança de Donald Trump, têm gerado preocupações significativas no cenário global. As medidas anti-imigração, as sanções e tarifas impostas a outros países, e os atritos com aliados tradicionais estão criando um ambiente de instabilidade e incerteza. Neste texto, analisaremos as possíveis repercussões dessas ações e o papel dos países do BRICS na criação de uma nova ordem mundial.

Isolamento dos EUA e Reação Internacional
Se os EUA continuarem a adotar uma postura agressiva e isolacionista, isso pode levar a um isolamento ainda maior. Aliados tradicionais, como Canadá, Europa e Brasil, podem adotar uma postura mais neutra ou buscar fortalecer laços com outros parceiros comerciais e estratégicos. Isso enfraqueceria a posição dos EUA no cenário global e poderia levar a uma crise econômica e diplomática.



Crises com o Canadá e a Groenlândia
As relações entre os EUA e o Canadá têm sido tensas devido às ameaças de Trump de impor tarifas sobre produtos canadenses e suas declarações sobre a anexação do Canadá. Trump sugeriu que o Canadá deveria se tornar o 51º estado dos EUA, o que gerou uma forte reação do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, que afirmou que "não há a menor chance" de isso acontecer. Além disso, Trump também expressou interesse em anexar a Groenlândia, o que foi rejeitado pelo governo dinamarquês. Essas declarações e ameaças têm gerado tensões diplomáticas significativas.

Crises com os Países Europeus
As tensões entre os EUA e os países europeus também têm aumentado, especialmente devido às críticas de Trump à OTAN e à sua postura em relação à guerra na Ucrânia. Trump criticou os países europeus por não contribuírem suficientemente para a defesa da OTAN e ameaçou reduzir a ajuda militar à Ucrânia. Essas ações têm gerado preocupações entre os aliados europeus sobre a confiabilidade dos EUA como parceiro estratégico.

Para completar, após sua posse, Donald Trump retirou os EUA de várias organizações e acordos internacionais. Além da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Acordo de Paris sobre o Clima, também retirou os Estados Unidos da Organização Mundial do Comércio (OMC). Ele justificou essa decisão argumentando que a OMC estava prejudicando os interesses comerciais dos EUA e que a organização precisava de reformas significativas.
Essas retiradas fazem parte da postura protecionista e nacionalista do governo Trump, que buscava proteger a economia americana e promover o "America First" (América em Primeiro).

Crise das Deportações e Mão de Obra
A deportação em massa de imigrantes ilegais nos EUA pode levar a uma crise diplomática significativa na América Latina. Países como Brasil, Colômbia e México já demonstraram sua insatisfação com as políticas de Trump, recusando-se inicialmente a aceitar aviões militares com imigrantes deportados. Inclusive com o governo americano taxando a Colômbia em 25% por se negar a receber os aviões militares. Fazendo com que a Colômbia ameaçasse taxar igualmente os EUA. Mas, um dia após essa crise, chegaram a um acordo e não haverá nenhuma taxação para ambos os lados. Essas tensões podem levar a uma deterioração das relações diplomáticas e comerciais entre os EUA e os países da América Latina.

Além disso, muitos dos imigrantes ilegais nos EUA trabalham em setores essenciais como construção civil, agricultura, serviços de limpeza e hospitalidade. Atualmente, estima-se que haja cerca de 11 milhões de imigrantes não autorizados nos Estados Unidos. A deportação em massa desses trabalhadores poderia criar uma escassez de mão de obra no país, aumentando os custos de produção e, consequentemente, os preços dos produtos e serviços. Essa situação pode levar a uma inflação e a dificuldades econômicas para os consumidores americanos.

Impacto Econômico das Tarifas e Isolamento
Os Estados Unidos prometeram taxar alguns países, como por exemplo, a China. Principalmente por duas razões principais:

Tráfico de drogas: O presidente Donald Trump mencionou que uma das razões para impor tarifas à China é a importação de fentanil, uma droga opioide sintética altamente letal, que está sendo enviada dos EUA através de países como México e Canadá. Trump argumenta que essas tarifas são uma forma de pressionar a China a tomar medidas mais rígidas contra o tráfico de drogas.

Déficit comercial: Outra razão é o déficit comercial entre os EUA e a China, que Trump descreve como "ridículo". Ele acredita que a imposição de tarifas pode ajudar a equilibrar o comércio entre os dois países e proteger a economia americana.

Porém, a imposição de tarifas sobre produtos de países que se recusam a alinhar-se às políticas dos EUA pode agravar ainda mais os problemas econômicos americanos. Essas tarifas aumentariam os custos de importação, reduzindo a competitividade dos produtos estrangeiros no mercado americano e levando a um aumento dos preços para os consumidores.

Por outro lado, os países afetados pelas tarifas podem retaliar com suas próprias medidas, impondo tarifas sobre produtos americanos e buscando alternativas comerciais com outros países. Essa situação poderia levar a um isolamento econômico dos EUA, prejudicando setores como tecnologia, agricultura e manufatura, que dependem das exportações para manterem-se competitivos.

Se a Colômbia já teve coragem de retrucar os EUA com taxas, por que países como Canadá, México e Brasil não poderiam fazer o mesmo se sofressem sanções econômicas?
As consequências para os EUA poderiam ser significativas. A imposição de tarifas sobre produtos importados desses países aumentaria os custos de importação, levando a um aumento dos preços para os consumidores americanos. Economistas alertam que essas tarifas podem elevar a inflação para entre 6% e 9,3% até 2026, em comparação com uma previsão de 1,9% sem essas medidas.

Além disso, muitos produtos essenciais, como alimentos e matérias-primas, são importados do Canadá, México e principalmente, Brasil. A imposição de tarifas poderia levar a uma escassez desses produtos, mesmo os EUA sendo grande produtor de alimentos, aumentando ainda mais os preços e causando dificuldades para os consumidores e empresas americanas. Setores como tecnologia, agricultura e manufatura, que dependem das exportações para se manterem competitivos, seriam prejudicados. A imposição de tarifas retaliatórias pelo Canadá, México e Brasil poderia reduzir a competitividade dos produtos americanos nesses mercados, levando a uma queda nas exportações e afetando negativamente a economia dos EUA.

Por outro lado, os países afetados pelas tarifas podem retaliar com suas próprias medidas, impondo tarifas sobre produtos americanos e buscando alternativas comerciais com outros países. Essa situação poderia levar a um isolamento econômico dos EUA, prejudicando suas relações comerciais com outros países e fortalecendo a posição dos países do BRICS no cenário global.



Papel dos BRICS
Os países do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) têm potencial para se tornar uma força contrária ao poder dos EUA, principalmente a China. Se o BRICS conseguir fortalecer suas economias e aumentar a cooperação entre si e aliados, eles podem reduzir a dependência dos EUA e criar uma nova ordem mundial. A crise atual pode ser uma oportunidade para os BRICS se consolidarem como uma alternativa viável ao domínio econômico e político dos EUA. Algo que já vem sendo conversado entre os países do bloco econômico.

A China já vem investindo pesado em países parceiros da América Latina e África, para terem estrutura e logística necessária para movimentar a sua nova Rota da Seda. Além dos novos integrantes do BRICS. Em 2024, Egito, Emirados Árabes Unidos, Etiópia e Irã se juntaram como membros plenos. No início de 2025, a Indonésia também se tornou membro pleno. Além disso, Nigéria, Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão foram adicionados como parceiros.

Essa expansão visa fortalecer a cooperação econômica e política entre os países membros e aumentar a influência do grupo no cenário global.

Possibilidade de Conflito Armado
No pior dos cenários, a escalada das tensões e um hipotético isolamento grave dos EUA podem levar a conflitos armados. As guerras em andamento, como a da Rússia e Ucrânia e a de Israel no Oriente Médio, já são sinais de um cenário geopolítico instável. A possibilidade de novos conflitos envolvendo Taiwan e China, Coreia do Norte apoiando Rússia e sua eterna ameaça ao Japão e Coreia do Sul, além de crises em outros países, aumenta ainda mais a preocupação de que uma crise na maior potência do mundo possa trazer um novo conflito armado mundial.

Conclusão
A situação atual é extremamente complexa e volátil. A cooperação internacional e o diálogo são essenciais para evitar uma crise global e promover a paz e a estabilidade. Se os EUA não adotarem uma postura mais moderada, eles podem acabar sendo os maiores prejudicados, enfrentando uma crise econômica e diplomática sem precedentes. Afastando antigos aliados, criando novos adversários, alimentando inimigos e mudando todo o mundo. Contudo, o mais esperado é que Trump reduza o tom de ameaças e acusações e que seus aliados e os próprios americanos amenizem o clima de tensão que vem sendo criado pelo seu Presidente.

The New World Order: Analysis of Geopolitical and Economic Tensions Involving the US and BRICS

Portugueses version of the text.

The isolationist policies and diplomatic tensions of the US under the leadership of Donald Trump have raised significant concerns on the global stage. Anti-immigration measures, sanctions, and tariffs imposed on other countries, along with conflicts with traditional allies, are creating an environment of instability and uncertainty. In this text, we will analyze the potential repercussions of these actions and the role of BRICS countries in creating a new world order.

## US Isolation and International Reaction

If the US continues to adopt an aggressive and isolationist stance, it could lead to even greater isolation. Traditional allies like Canada, Europe, and Brazil might adopt a more neutral stance or seek to strengthen ties with other commercial and strategic partners. This would weaken the US's position on the global stage and could lead to an economic and diplomatic crisis.

## Crises with Canada and Greenland

Relations between the US and Canada have been tense due to Trump's threats to impose tariffs on Canadian products and his statements about annexing Canada. Trump suggested that Canada should become the 51st state of the US, which prompted a strong reaction from Canadian Prime Minister Justin Trudeau, who stated that "there is no chance" of that happening. Additionally, Trump expressed interest in annexing Greenland, which was rejected by the Danish government. These statements and threats have generated significant diplomatic tensions.

## Crises with European Countries

Tensions between the US and European countries have also increased, especially due to Trump's criticisms of NATO and his stance on the war in Ukraine. Trump criticized European countries for not contributing enough to NATO's defense and threatened to reduce military aid to Ukraine. These actions have raised concerns among European allies about the US's reliability as a strategic partner.

To top it off, after taking office, Donald Trump withdrew the US from several international organizations and agreements. In addition to the World Health Organization (WHO) and the Paris Climate Agreement, he also withdrew the US from the World Trade Organization (WTO). He justified this decision by arguing that the WTO was harming US commercial interests and that the organization needed significant reforms. These withdrawals are part of Trump's protectionist and nationalist stance, which aimed to protect the American economy and promote "America First."

## Deportation Crisis and Workforce

The mass deportation of illegal immigrants in the US could lead to a significant diplomatic crisis in Latin America. Countries like Brazil, Colombia, and Mexico have already expressed their dissatisfaction with Trump's policies, initially refusing to accept military planes with deported immigrants. This included the US government taxing Colombia by 25% for refusing to receive the military planes, prompting Colombia to threaten to tax the US equally. However, a day after this crisis, they reached an agreement, and there will be no taxation for either side. These tensions could lead to a deterioration of diplomatic and commercial relations between the US and Latin American countries.

Additionally, many illegal immigrants in the US work in essential sectors such as construction, agriculture, cleaning services, and hospitality. Currently, it is estimated that there are about 11 million unauthorized immigrants in the United States. The mass deportation of these workers could create a labor shortage in the country, increasing production costs and, consequently, the prices of goods and services. This situation could lead to inflation and economic difficulties for American consumers.

## Economic Impact of Tariffs and Isolation

The United States has promised to tax some countries, such as China, mainly for two reasons:

1. **Drug Trafficking**: President Donald Trump mentioned that one of the reasons for imposing tariffs on China is the importation of fentanyl, a highly lethal synthetic opioid drug, which is being sent to the US through countries like Mexico and Canada. Trump argues that these tariffs are a way to pressure China to take stricter measures against drug trafficking.

2. **Trade Deficit**: Another reason is the trade deficit between the US and China, which Trump describes as "ridiculous." He believes that imposing tariffs can help balance trade between the two countries and protect the American economy.

However, imposing tariffs on products from countries that refuse to align with US policies could further exacerbate American economic problems. These tariffs would increase import costs, reducing the competitiveness of foreign products in the American market and leading to higher prices for consumers.

On the other hand, countries affected by the tariffs could retaliate with their own measures, imposing tariffs on American products and seeking alternative trade partners. This situation could lead to economic isolation for the US, harming sectors such as technology, agriculture, and manufacturing, which depend on exports to remain competitive.

If Colombia had the courage to retaliate against the US with taxes, why couldn't countries like Canada, Mexico, and Brazil do the same if they faced economic sanctions? The consequences for the US could be significant. Imposing tariffs on products imported from these countries would increase import costs, leading to higher prices for American consumers. Economists warn that these tariffs could raise inflation to between 6% and 9.3% by 2026, compared to a forecast of 1.9% without these measures.

Additionally, many essential products, such as food and raw materials, are imported from Canada, Mexico, and especially Brazil. Imposing tariffs could lead to a shortage of these products, even though the US is a major food producer, further increasing prices and causing difficulties for American consumers and businesses. Sectors such as technology, agriculture, and manufacturing, which depend on exports to remain competitive, would be harmed. Imposing retaliatory tariffs by Canada, Mexico, and Brazil could reduce the competitiveness of American products in these markets, leading to a decline in exports and negatively affecting the US economy.

On the other hand, countries affected by the tariffs could retaliate with their own measures, imposing tariffs on American products and seeking alternative trade partners. This situation could lead to economic isolation for the US, harming its trade relations with other countries and strengthening the position of BRICS countries on the global stage.

## Role of BRICS

BRICS countries (Brazil, Russia, India, China, and South Africa) have the potential to become a counterforce to US power, especially China. If BRICS can strengthen their economies and increase cooperation among themselves and their allies, they can reduce dependence on the US and create a new world order. The current crisis could be an opportunity for BRICS to consolidate themselves as a viable alternative to US economic and political dominance, something that has already been discussed among the bloc's countries.

China has been heavily investing in partner countries in Latin America and Africa to have the necessary infrastructure and logistics to move its new Silk Road. In addition to the new BRICS members, in 2024, Egypt, the United Arab Emirates, Ethiopia, and Iran joined as full members. At the beginning of 2025, Indonesia also became a full member. Additionally, Nigeria, Belarus, Bolivia, Kazakhstan, Cuba, Malaysia, Thailand, Uganda, and Uzbekistan were added as partners.

This expansion aims to strengthen economic and political cooperation among member countries and increase the group's influence on the global stage.

## Possibility of Armed Conflict

In the worst-case scenario, escalating tensions and severe isolation of the US could lead to armed conflicts. Ongoing wars, such as the one between Russia and Ukraine and the one in Israel in the Middle East, are already signs of an unstable geopolitical scenario. The possibility of new conflicts involving Taiwan and China, North Korea supporting Russia and its eternal threat to Japan and South Korea, as well as crises in other countries, further increases the concern that a crisis in the world's greatest power could bring about a new global armed conflict.

## Conclusion

The current situation is extremely complex and volatile. International cooperation and dialogue are essential to avoid a global crisis and promote peace and stability. If the US does not adopt a more moderate stance, they could end up being the biggest losers, facing an unprecedented economic and diplomatic crisis. However, the most expected outcome is that Trump will tone down his threats and accusations and that his allies and the American people will ease the tension.