Esta postagem explora em profundidade a questão de se o Japão e a Coreia do Sul já foram convidados para o BRICS, os fatores que podem impedir sua adesão e o impacto potencial de sua inclusão, especialmente no contexto da guerra comercial liderada pelos EUA em julho de 2025, onde taxou Japão e Coréia do Sul em 25% e o Brasil em 50%, por exemplo. Assim, criando a dúvida de que o BRICS podem convidar novos países para fazer parte do bloco econômico. Utilizando como base as taxações americanas em cima de aliados, criando tensões em oaíses desenvoldios que podem ser seduzidos à mudar de lado nesta guerra economica. A análise baseia-se em informações atualizadas até esta data, refletindo o estado atual das relações geopolíticas e econômicas, com base em fontes como Wikipedia, Investopedia, Reuters, CSIS e Carnegie Endowment.
Contexto do BRICS e Expansão Recente
O BRICS, fundado em 2009 por Brasil, Rússia, Índia e China, com a adesão da África do Sul em 2010, é um bloco que busca promover a cooperação econômica e política entre economias emergentes, muitas vezes como contraponto à ordem global liderada pelo Ocidente. Recentemente, o bloco expandiu-se, incluindo países como Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egito, Irã, Etiópia e Indonésia, com esta última aderindo formalmente em janeiro de 2025 (CSIS). Além disso, países como Argélia, Bielorrússia, Bolívia, Cuba, Cazaquistão, Malásia, Nigéria, Tailândia, Turquia, Uganda, Uzbequistão e Vietnã foram convidados a participar como "países parceiros" em outubro de 2024 (Wikipedia - BRICS).
Essa expansão reflete o interesse em aumentar a representação do Sul Global, mas não há menções a convites para Japão ou Coreia do Sul nas declarações oficiais ou cúpulas recentes, como a de Kazan em outubro de 2024 (Wikipedia - BRICS).
Convites ao Japão e Coreia do Sul: Ausência de Evidências
Até julho de 2025, não há registros públicos ou evidências de que o Japão ou a Coreia do Sul tenham sido convidados formalmente para o BRICS. Fontes como Investopedia e Reuters destacam os novos membros, mas não mencionam esses dois países (Investopedia - BRICS, Reuters). Análises em fóruns como Quora sugerem que a adesão é improvável no curto prazo devido a alinhamentos políticos, mas não há indicações de convites formais (Quora).
Fatores que Impedem a Adesão
Alianças com os EUA
Ambos os países têm tratados de defesa com os Estados Unidos, incluindo bases militares, o que os posiciona como aliados estratégicos do Ocidente. O BRICS, por outro lado, é frequentemente descrito como um bloco que busca desafiar a hegemonia americana, com iniciativas como o Novo Banco de Desenvolvimento e discussões sobre uma moeda comum (Carnegie Endowment). Ingressar no BRICS poderia ser visto como um movimento contra os interesses dos EUA, especialmente em um contexto de tensões comerciais, como as tarifas de 25% anunciadas em agosto de 2025 (Reuters - Trump Tariffs).
Rivalidades Regionais
A China, um dos principais membros do BRICS, tem disputas históricas e territoriais com o Japão (Ilhas Senkaku/Diaoyu) e tensões com a Coreia do Sul, como a implantação do sistema THAAD, criticada por Pequim. Essas rivalidades poderiam dificultar a cooperação dentro do bloco, como destacado em análises geopolíticas (ResearchGate - Geopolitical Implications).
Perfil Econômico
O Japão e a Coreia do Sul são economias desenvolvidas, membros da OCDE, enquanto o BRICS foca em economias emergentes. Sua inclusão poderia desviar o foco do bloco, que prioriza a cooperação entre nações do Sul Global, como evidenciado pela adesão recente de países como Etiópia e Indonésia (CSIS).
Interesses Estratégicos
O BRICS discute iniciativas como sistemas financeiros alternativos ao dólar, o que pode não estar alinhado com os interesses de Japão e Coreia do Sul, que se beneficiam do sistema financeiro global centrado no dólar. Um artigo no Quora sugere que ingressar no BRICS exigiria acreditar na superioridade do yuan, algo improvável para esses países (Quora).
Impacto Potencial na Guerra Comercial
A guerra comercial liderada pelos EUA, com tarifas de 25% sobre importações de 15 países, incluindo Japão e Coreia do Sul, a partir de agosto de 2025, cria um contexto que poderia, teoricamente, incentivar uma reaproximação com o BRICS. Vamos analisar os impactos:
Fortalecimento Econômico
O Japão, quarta maior economia mundial, e a Coreia do Sul, 13ª, adicionariam peso significativo ao BRICS. Segundo o FMI, o bloco já representa cerca de 30% do PIB global em paridade de poder de compra, e a inclusão desses países poderia aumentar ainda mais essa influência, especialmente em setores como tecnologia e automóveis (Asia Times).
Impacto Político
Politicamente, a adesão de Japão e Coreia do Sul seria um golpe na influência americana na Ásia, sinalizando uma reorientação para um mundo multipolar. Isso poderia acelerar iniciativas como o BRICS PAY ou o uso de moedas alternativas ao dólar, como discutido em cúpulas recentes (Wikipedia - BRICS).
Desafios Práticos
Apesar do potencial, a adesão parece improvável no curto prazo. Japão e Coreia do Sul têm focado em negociações bilaterais com os EUA para mitigar o impacto das tarifas, em vez de buscar uma reorientação radical. Além disso, posts recentes no X sugerem uma possível cooperação mais próxima com a China, mas sem movimentos concretos para ingressar no BRICS (Asia Times).
Tabela Comparativa: Japão, Coreia do Sul e BRICS
Abaixo, uma tabela comparativa para ilustrar as diferenças e potenciais impactos:
Aspecto | Japão | Coreia do Sul | BRICS (Geral) |
---|---|---|---|
PIB (Ranque Global) | 4º (Desenvolvido) | 13º (Desenvolvido) | Focado em emergentes (ex.: China, Índia) |
Aliança com EUA | Forte (Tratado de Defesa) | Forte (Tratado de Defesa) | Muitos membros críticos dos EUA |
Relação com China | Tensa (Disputas territoriais) | Tensa (THAAD, questões comerciais) | China é líder econômico |
Impacto Potencial | Aumentaria poder econômico do BRICS | Fortaleceria tecnologia e comércio | Maior influência global, mas desafios internos |
Conclusão
Em resumo, até julho de 2025, não há evidências de convites formais ao Japão e Coreia do Sul para o BRICS, e fatores como alianças com os EUA, rivalidades regionais com a China e perfil econômico limitam sua adesão. No contexto da guerra comercial, sua inclusão poderia fortalecer o BRICS economicamente e politicamente, mas enfrenta barreiras práticas significativas. A evolução dependerá de mudanças nas dinâmicas geopolíticas, especialmente em relação às tarifas americanas e às relações com a China.
Fontes Consultadas:
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