segunda-feira, 24 de fevereiro de 2025

Resumo sobre a Guerra Ucrânia e Rússia - 3 anos

Hoje, 24/02/2025, fazem 3 anos da Guerra da Ucrania. Por conta disso, aqui está um resumo detalhado e natural sobre a Guerra entre Ucrânia e Rússia, baseado no que se sabe até hoje de manhã, 24 de fevereiro de 2025.

Como começou e o estopim
A guerra tem raízes que remontam a 2014, quando a Ucrânia passou por uma revolução chamada Euromaidan, que derrubou o presidente pró-Rússia Viktor Yanukovych. Isso aconteceu porque ele recusou um acordo de associação com a União Europeia, o que gerou protestos massivos. A Rússia reagiu anexando a Crimeia, uma península ucraniana estratégica, e apoiando separatistas pró-russos nas regiões de Donetsk e Luhansk, no leste da Ucrânia, iniciando um conflito na região de Donbas. Esse foi o prelúdio.
O estopim da guerra em grande escala veio em 24 de fevereiro de 2022, quando a Rússia lançou uma invasão total, chamada por Vladimir Putin de "operação militar especial". Ele justificou a ação como uma forma de "desmilitarizar" e "desnazificar" a Ucrânia e proteger as populações russófonas de Donbas, mas muitos veem isso como pretexto.



Motivações implícitas
Por trás disso, há questões geopolíticas profundas. A Rússia via a aproximação da Ucrânia com o Ocidente — especialmente a possibilidade de entrada na OTAN — como uma ameaça à sua segurança e influência na região. Putin também tem um objetivo histórico de restaurar a esfera de poder russa, considerando a Ucrânia parte essencial dessa visão. Além disso, há interesses econômicos, como o controle de recursos energéticos e rotas de transporte, incluindo gasodutos que passam pela Ucrânia.

Custos financeiros
Os custos são astronômicos. Até o final de 2024, estimativas apontam que a Rússia já gastou cerca de 250 bilhões de dólares diretamente na guerra, mas perdas econômicas maiores, incluindo sanções ocidentais, podem chegar a 1,3 trilhão de dólares até 2025, segundo o governo dos EUA. A Ucrânia, por sua vez, depende muito de ajuda internacional — cerca de 40 bilhões de dólares por ano para se manter na luta, com um total de mais de 100 bilhões recebidos do Ocidente até agora. O Banco Mundial calcula que reconstruir a Ucrânia custará ao menos 486 bilhões de dólares, considerando a destruição de infraestrutura.

Perdas humanas e deslocamentos
As perdas são devastadoras. A Ucrânia registra mais de 10 mil civis mortos e 19 mil feridos desde 2022, além de dezenas de milhares de soldados mortos — algumas fontes ocidentais falam em até 100 mil baixas militares (mortos e feridos). A Rússia teria perdido entre 50 mil e 70 mil soldados mortos, com estimativas de até 500 mil baixas totais (mortos, feridos ou desaparecidos). Civis russos mortos são menos documentados, mas há milhares de desaparecidos em ambos os lados. Quanto aos deslocados, cerca de 8 milhões de ucranianos fugiram como refugiados para a Europa até 2023, e mais de 4 milhões estão deslocados internamente. É a maior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial.

Avanços territoriais da Rússia e retomadas da Ucrânia
No início da invasão, a Rússia avançou rápido, chegando aos subúrbios de Kyiv(Kiev), a capital ucraniana, e tomando grandes áreas no sul (como Kherson) e leste (como Mariupol). O ponto máximo foi em meados de 2022, quando controlava cerca de 25% do território ucraniano, incluindo a Crimeia (anexada em 2014). Mas a resistência ucraniana, apoiada por armas ocidentais, mudou o jogo. Em contraofensivas em 2022 e 2023, a Ucrânia retomou cerca de 54% do território perdido desde a invasão de 2022, incluindo partes de Kharkiv e Kherson. Hoje, a Rússia ocupa cerca de 18-20% da Ucrânia, focada no leste e sul. A Ucrânia também surpreendeu ao invadir Kursk, na Rússia, em agosto de 2024, controlando temporariamente mais de 1.200 km², mas parte foi recuperada pelos russos.



Situação atual (fevereiro de 2025)
Agora, três anos após o início da invasão, a guerra está num impasse militar. A Rússia avança lentamente no leste, como em Donetsk, mas a um custo enorme e sem grandes conquistas recentes. A Ucrânia resiste, mas enfrenta escassez de munição e homens, dependendo cada vez mais de aliados. A eleição de Donald Trump nos EUA, que assumiu em janeiro de 2025 prometendo acabar com o conflito, trouxe incerteza — ele sugere negociações que podem envolver concessões territoriais para a Russia e de produções de minérios para os EUA, sem garantia de proteção posterior e de entrada na OTAN, o que preocupa Kyiv. Inclusive com Estados Unidos e Israel votando, hoje, contra a retirada de tropas russas(considera-los invasores) na ONU.
Ataques russos à infraestrutura energética ucraniana continuam, enquanto a Ucrânia usa drones e mísseis ocidentais para atingir alvos na Rússia.

Previsões para o futuro
Não há fim claro à vista. Analistas falam em uma guerra de atrito que pode se arrastar além de 2025, com ambos os lados sofrendo perdas massivas. Um cenário provável é que a Rússia tente consolidar o que já controla, enquanto a Ucrânia busque apoio contínuo do Ocidente para sobreviver. Trump pode pressionar por um acordo, mas Putin parece determinado a não recuar, e Zelensky insiste em recuperar todo o território, incluindo a Crimeia. Há riscos de escalada — com a Rússia ameaçando nuclearmente e a OTAN alerta para possíveis ataques futuros a seus membros. O futuro depende de fatores como a economia russa sob sanções, a vontade ocidental de financiar a Ucrânia e o equilíbrio interno de poder em ambos os países.
Por enquanto, é uma guerra longa e incerta.

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