O Fim das auto escolas? CNH mais baratas?

Governo Brasileiro Avalia Fim da Obrigatoriedade de Autoescolas para Obtenção da CNH

Recentemente, o governo federal brasileiro anunciou que está estudando uma proposta que pode transformar o processo de obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). Segundo o ministro dos Transportes, Renan Filho, a ideia é eliminar a obrigatoriedade de aulas em autoescolas para tornar o processo mais acessível e menos custoso, especialmente para a população de baixa renda. A notícia, publicada em 29 de julho de 2025, tem gerado debates sobre os impactos na segurança no trânsito e no setor de autoescolas. Confira os detalhes dessa proposta e o que ela pode significar para os brasileiros.

Por que o governo quer mudar as regras?

O principal argumento para a proposta é o alto custo para tirar a CNH, que varia entre R$ 3.000 e R$ 4.000, dependendo do estado. Esse valor é considerado proibitivo por muitos brasileiros, resultando em cerca de 20 milhões de pessoas dirigindo sem habilitação, segundo o ministro. Além disso, 60 milhões de cidadãos em idade para obter a CNH ainda não possuem o documento, muitas vezes devido ao custo elevado. A mudança visa desburocratizar o processo, reduzir custos em até 80% e ampliar o acesso, especialmente para mulheres, que representam 60% das pessoas sem CNH na faixa etária elegível, frequentemente por priorização familiar à investir na habilitação dos homens.

Como funcionaria o novo sistema?

A proposta, já finalizada pelo Ministério dos Transportes, sugere que as aulas teóricas e práticas em autoescolas se tornem facultativas. Os candidatos poderiam estudar de forma autônoma, com materiais fornecidos gratuitamente pelos órgãos de trânsito, ou contratar instrutores independentes credenciados. Os exames teóricos e práticos continuariam obrigatórios, garantindo que apenas condutores qualificados sejam aprovados. A mudança, que não exige aprovação do Congresso Nacional, pode ser implementada por meio de uma resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), aguardando apenas a aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Impactos e preocupações

Embora a iniciativa busque facilitar o acesso à CNH e combater a informalidade no trânsito, há preocupações sobre a segurança viária. Críticos questionam se a ausência de aulas obrigatórias pode comprometer a formação de novos motoristas. Renan Filho argumenta que os cursos continuarão disponíveis, ministrados por instrutores qualificados e supervisionados pela Senatran e Detrans, e que a proposta se baseia em experiências internacionais bem-sucedidas. Além disso, o ministro aponta que o modelo atual favorece irregularidades, como a atuação de "máfias" em autoescolas, que se beneficiam do alto custo e da reprovação recorrente de candidatos.

Impacto econômico e social

O setor de autoescolas, que movimenta cerca de R$ 12 bilhões por ano, pode enfrentar resistência à proposta. No entanto, Renan Filho defende que a redução de custos liberaria bilhões de reais para outros setores da economia, gerando empregos e estimulando o consumo. A medida também pode facilitar a formação de motoristas profissionais, como caminhoneiros, atendendo a uma demanda do setor de transportes. Para os mais pobres, a proposta, combinada com programas como a CNH Social, sancionada em junho de 2025, pode representar uma oportunidade de inclusão e acesso ao primeiro emprego.

O que esperar?

A proposta está em fase final de análise e depende apenas da aprovação presidencial. Caso implementada, começará pelas categorias A (motos) e B (carros de passeio), com possibilidade de expansão para outras categorias. Enquanto o debate prossegue, a expectativa é que a mudança traga maior acessibilidade, mas também exige cuidados para garantir a qualidade na formação de condutores. Fique atento para mais atualizações sobre essa possível revolução no processo de habilitação no Brasil!

Fonte: G1

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